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quinta-feira, 14 de julho de 2016

DIÁRIO PROPOR























E todo dia é grade e é muro
e é claro e é escuro e apaga e
não entende e vende e mudo

Todo dia é junto e sozinho e é fundo
é imundo é mundo é limpo no escuro
e é tudo e é claro e também é escudo

Todo dia é o dia que é na noite o que  é pronto
e é pranto e encanto é espanto que transbordou

E todo instante é distante no perto que dissipou
na parte que é arte e é cadente que já se apagou

Todo fragmento é dentro e é tormento rompante
é memória e é medo que a coragem descongelou

Ou então é sol e ardência é coceira que arranhou
coração é farol e calor cuja dor em ardor é amor

que derreteu as pedras em molecas moléculas
nas danças químicas dos perdões à todo vapor

Todo dia é zerar o alarme e desligar do alarde
desviar do drama, esquivar da trama covarde
e pra driblar das ilusões dos vulcões do pavor...

Encantar-se com a tarde, céu, pássaros, milagres
escolher espetáculos pro olhar decidir;
e dar-lhes cor . . .

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