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terça-feira, 25 de junho de 2013



Desde o primeiro verso

Era dia de encontro e decidi por impulso-palpite-certeiro-destinado que era imprescindível: naquele instante em que tocou a campainha, somente eu deveria abrir aquela porta.

Porta-sorrisos se tornou o meu rosto a partir daquele instante, tive um reencontro súbito com a minha mais feliz essência, eu inteiro percebi o quanto sou feito de epifanias, e assim me vesti o restante da noite, brilhando poemas na intimidade translúcida daqueles olhos que me descortinavam vontades, o desejo de me lambuzar em palavras como só o meu mais íntimo sabe, e aquele par de olhos sorrindo entendeu o momento meu, aliás, já era nosso, ali, assim, inerente aos furacões ao nosso redor, de imediato entregues ao deleite de negociar poesias.

Eram destinos brincando de inventar felicidade, talento que descobrimos ali juntos, pois o ininterrupto não se quebrou mesmo diante das lacunas de tempo que nos abismou por ledo engano.


O beijo das salivas veio dali algum tempo depois, mas o sexo de nossas almas já havia incendiado desde o primeiro verso...


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