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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Insta.véu


Eu tô triste porque tô desejando um abraço teu que você já não tem(os). Tô triste porque quero conversar, mesmo que em silêncio, e todo o seu corpo só sabe dizer barulho ultimamente. Tô triste, sim, triste porque já não sei mais quem você é... Já não sei, mas... Quem você é?
Triste de tentar te enxergar através dessa iris inquieta e só vê-lo num espelho que não reflete sua verdadeira natureza. Triste porque tenho saudade dessa natureza que não sei em que universo ou www você a (se) perdeu, ou melhor, escondeu, de mim, de você mesmo; você se re-re-re-inventando e todo dia tão previsivelmente, sem espanto nenhum. Cadê aquele azul inexplicável no céu do boa noite? Por que essas últimas noites se transformaram em manhãs sem doçura, na angústia de uma claustrofobia atrofiada? Cadê aqueles tons laranjas todos estourando a saturação no pôr do sol dos nossos instagrans? E eu pensando que era sol que me faltava, mas não, era só; mesmo. Era só, o só, me faltava. Me falta. Me volta. Re-volta...



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